sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Saga de Hades- a fase do santuário Parte 1



Quando assisti pela primeira vez o primeiro episódio da nova Saga de Hades em anime, mais ou menos em meados de 2003, confesso que fiquei maravilhado com o que eu vi.Pela primeira vez pude ver cavaleiros do zodíaco com a dublagem em japonês e pude sentir um pouco a vibração do seu criador, Massami Kurumada. E ao passar dos tempos, esperando meses a fio pela continuação de sua saga, acabei me adentrando novamente no anime que havia me chamado a atenção ha quase 10 anos.Era bem verdade que já sabia um pouco da história por já ter lido alguns reviews espalhados pela Internet, mas sem duvida poder ver aquelas milhares de palavras presas e alinhadas em um doc de quase um mega convertidas em animação fora formidável.

No entanto, com o passar dos anos e com o Box dublado lançado em 2006, desta vez com os dubladores originais da leva de 1994 (e fora um bom trabalho feito aqui no Brasil, salvo algumas poucas substituições que acabaram não comprometendo tanto assim o anime para os fãs mais ardorosos ao se “comparar” algumas vozes novas), eu pude assistir novamente essa saga tão esperada pelos fãs (e esse novamente é um pouco modesto, já que eu vi e revi nesse período de 3 anos milhares de vezes essa mesma saga) e puder ver com um sentido mais critico certas coisas.

Baseado no mangá lançado em 1986 mas levemente alterado para ficar mais “atraente” para um anime, os primeiros capítulos foram criados e dedicados a uma leva de fãs.Para isso foi abusada de uma série de efeitos visuais para dar uma surpresa para estes, e o que era uma surpresa acabou desagradando uma boa parte de fãs, já que muitos estavam acostumados com o simples desenho que passava na rede manchete.Controvérsias de gostos a parte, posso dizer que os efeitos animados foram muito bem empregados (como na belíssima cena de Shion arremessando com um golpe Shiryu de Dragão, podendo nos dar uma breve noção da sua “modesta” força e do impacto de seu golpe ou mesmo as cenas de Radamanthys contra os três dourados). Fora uma ou outra gafe (como no primeiro episodio em que Seiya veste sua armadura de pégaso a la digimon), acredito que muito mais acertaram do que erraram nessa parte de efeitos, e acertaram principalmente na construção dos cenários e em nos apresentar um santuário apocalípitico com cores vivas e bem escuras, demonstrando a todos a seriedade frente aos acontecimentos que, segundo muitos personagens, nem mesmo “haviam ainda começado”.

Mas deixando as animações de lado e nos focando na parte do roteiro creio que os erros cometidos no passado no que se diga a “cronologia” da série ou mesmo por certas coerências que deveriam ser urgentemente seguidas pelo próprio Massami não foram sequer levadas a sério, deixando aos fãs o ar de “olhem,assistam e curtam”.

Incoerências da própria história e até mesmo contra os próprios personagens são escandalosamente notadas.E como ponto de partida, a parte em que Aioria de Leão revela aos espectros que somente se é possível atravessar o santuário até o palácio de Atena percorrendo todas as 12 casas (o que por um lado nos faz entender a importância de haver doze casas entre um inimigo real e Atena) é o que acaba tornando a história banal,infelizmente.Oras, se de fato isso realmente é verdade, como explicar a série animada que assistimos em nossa infância quando víamos cavaleiros surgirem do nada em uma determinada casa do zodíaco, como fora o caso da luta de Ikki de Fênix contra Shaka de Virgem?Por mais que tentemos ignorar fatos como esse, a coerência do desenho apela demais para o nosso senso de imaginação incoerente, como na hora em que Seiya esta com Mu desacordados e imobilizados na casa de câncer e seus amigos passam batidos por essa mesma casa, como acreditar que esse mesmo Seiya, ao cair devido aos golpes de um espectro, fosse acordado pelos mesmos amigos que passaram por essa casa há um bom tempo?Ou mesmo, aceitar o fato de que Mu de Áries chegara primeiro á casa de Virgem sendo que Aioria de Leão havia partido da sua casa antes mesmo que Mu atravessasse a casa de Leão?

Infelizmente, esses são pequenos erros cometidos pelo próprio mangá e que uma boa equipe não conseguira resolver, já que pelo bem da série eles conseguiram tirar momentos monótonos do mangá e acrescentaram momentos até mesmo interessantes, como a participação dos cavaleiros de bronze na parte clímax da saga e, claro, erraram em alguns (forçar a luta de Seiya e seus amigos contra um determinado inimigo fora um tanto tola e desnecessária).

Aliada a incoerencia da história, a Saga de Hades ainda nos castiga mostrando nossos heróis na sua atitude mais estúpida e (como não poderia deixar de ser) incoerente, nos dado o confronto teórico da ação e personalidade de cada personagem.

Acreditar que, por exemplo, Ikki de Fênix tentaria impedir Shiryu de Dragão de se aproximar do Santuário “por que eram ordens de Atena” é abusar demais da amizade e paixão de qualquer bom fã de Saint Seiya.Ou mesmo acreditar que Mu de Áries, em um determinado instante, consegue “fingir” um ataque de um determinado personagem e ainda lhe diz que este, na verdade, já estava morto devido a um ultimo golpe de seu amigo, é realmente hilário, pois não pude deixar de me lembrar de desenhos como Pica Pau ou Pernalonga, quando um personagem, ao persegui-los e de repente percebem que não pisam em algo sólido e estão prestes a cair, fazem com que a lei da gravidade valha apenas ao olharem para baixo (alias, nessa parte eu prefiro criar essa desculpa, de que Massami é um árduo fã de pica pau e decidiu prestar tal homenagem).

E, aos nos atentarmos ao velho clichê dos cavaleiros de bronze, que tem um papel significativo em toda a série mas apanham do começo ao fim, ou mesmo de Saori Kido, que parece muito mais uma menina mimada em plena puberdade esperando o príncipe encantado vindo montado em um cavalo (e como fã sei que foi uma blasfêmia tamanha essa que eu acabei de mencionar) do que uma verdadeira deusa Atena, creio que os próprios personagens, com o passar do tempo, acabaram não mais se levando tão a sério.Seiya continua o mesmo de sempre, o herói mais irritante talvez da história dos animes;Shiryu é o personagem mais sofrido da história, já que foram tamanhas vezes em que esse lutara até mesmo cego contra alguns oponentes e mesmo assim conseguira vencer;Hyoga, na minha opinião, fora o personagem que mais amadureceu, mas ao ficar “bonzinho” e perder aquela personalidade de certa forma “ambígua” do começo do anime, dando espaço ao sentimentalismo absoluto dividido pela memória de sua mãe e de seus mestres só deixaram o personagem mais fraco;Shun,apesar de ser um cavaleiro com imenso poder, já deveria ter morrido a tempos, tamanho o respeito que aparenta ter pela vida humana de seus próprios inimigos e, acreditar que exista alguém assim e sendo um cavaleiro é irreal demais;Ikki é o cara que “bota fogo” no momento, um verdadeiro soldado solitário que não mede esforços para matar quem quer que seja em busca de seus objetivos, mas ainda assim um personagem perdido.

E não posso deixar de elogiar os sinistros espectros, com seus movimentos ligeiros e como sombras no encalço de Saga e os demais cavaleiros caidos, conseguem nos das a verdadeira noção do terror que eles poderiam trazer contra seus verdadeiros planos, mas essa aura de terror logo é traída quando os espectros se revelam, acabando com a aura de mistério que fora tão bem feita.

3 comentários:

Anônimo disse...

Bom post, entendi várias coisas apesar de não ser tão fã de cavaleiros e já não me lembrar de várias coisas.

Abraço

Anônimo disse...

legal o post agosto curti pakas jah q vc no trampo nao costuma falar da sua opiniao sobre cavzod

vou falar sobre alguns pontos d vista aki. Sobre Ikki, ele falou pro dragao nao entrar no santuario pq provavelmente jah sabia oq estava acontecendo e q sua presenca ali nao faria diferenca no destino proximo

o Grafico estava animal, o melhor cavzod q jah vi, pena q nao foi mantido na saga do inferno

no inicio com sua armadura d bronze vc percebe bem a evolucao da forca d C&A qdo esta arrebenta com o cancer

depois comento mais =D

Anônimo disse...

agree co luiz...
bom post !
nao vi a saga inteira, mas concordo com as incoerencias e falta de conexao das historias, das personalidades dos personagens com suas acoes, etc...
parece o tipo de serie q foi feita as pressas pra atender o mercado e pra faturar bastante...
sei la, Cavaleiros pra mim soh prestou até a saga das 12 casas... dai morreu.

Abraço